Com aumento na energia e em remédios, mês de abril será de forte inflação

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Altas em produtos e serviços essenciais vai onerar ainda mais a população

O dragão inflacionário não está para brincadeira. Depois de um 2021 de voraz alta nos preços, o elevador continua atingindo novos andares nos primeiros meses deste ano. Vide a gasolina e a cenoura, para não citar outros tantos produtos e serviços.

E em abril, os aumentos não darão trégua. É bom apertar os cintos, pois a inflação continuará sufocando a renda das classes média e baixa com um mata-leão digno de lutadores de MMA.

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O golpe no bolso começa com a majoração de quase 11% nos remédios, que já está valendo. Essa alta deve pressionar o orçamento de milhões de brasileiros, mas o peso é maior sobre os idosos, cujas despesas com remédios comprometem consideravelmente as contas.

Também neste mês, os cearenses receberão um baque nas contas de energia, com o reajuste anual da Enel, a ser analisado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) no dia 19 de abril.

DESPESA COM ENERGIA

Os gastos com energia elétrica, convém frisar, já há um bom tempo estão esmagando os rendimentos da população. A severa crise hídrica nacional no ano passado colocou o setor em alerta e, como normalmente ocorre, as caras e poluentes térmicas foram a válvula de escape para garantir a produção de energia.

O custo disso, no entanto, foi bastante elevado. Tanto que o Governo Federal precisou criar uma nova bandeira tarifária, mais cara que as pré-existentes.

A bandeira de escassez hídrica vem onerando vultosamente as contas de luz da população e, como se não bastasse, os cearenses ainda terão de arcar com um reajuste – que pode ficar entre 10 e 15% – nas faturas.

Medicamentos e energia são essenciais e, portanto, impõem muita tensão à inflação, que, aliás, já está difícil de ser domada.

Somam-se ainda a este cenário dispendioso o preço astronômico dos combustíveis e de vários alimentos, formando uma tempestade perfeita com a guerra Rússia-Ucrânia como pano de fundo. A sorte, se é que podemos chamar assim, é que o dólar está em baixa.

O mercado já elevou 11 vezes a projeção de inflação para 2022 – a expectativa atualizada é de 6,86% – e não seria nada surpreendente se o fizesse outras tantas ao longo do ano.

Diário do Nordeste

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