| Exclusivo | O levantamento é feito pelo Centro de Liderança Pública (CPL). Em relação ao ranking de 2021, o Ceará perdeu uma posição e agora está atrás da Paraíba
O Ceará é o segundo estado mais bem posicionado do Nordeste no Ranking de Competitividade dos Estados 2022. Figurando em 13º lugar no Brasil, caiu uma posição geral em relação ao ano passado e foi ultrapassado pela Paraíba, que é o 1º lugar do Nordeste.
O levantamento anual, antecipado com exclusividade para O POVO, é realizado pelo Centro de Liderança Pública (CPL), em parceria com a Tendências Consultoria.
Dos dez pilares analisados – divididos em 86 indicadores -, o Ceará tem a Educação como destaque, figurando entre os cinco melhores do País. Se comparado ao ano passado, o Estado cresceu uma posição e agora ocupa a quarta colocação neste pilar específico.
Ainda sobre Educação, o estudo aponta que a maior melhora nos resultados se deu no indicador “Taxa de Atendimento do Ensino Infantil”, com a subida em 13 pontos na posição, se comparada aos dados de 2021.
Dos sete indicadores avaliados desse pilar, quatro tiveram melhora, um ficou igual e dois tiveram resultado negativo, sendo que destes, chama a atenção a avaliação escolar, que caiu 10 pontos.
Segundo Lucas Cepeda, gerente de Relações Governamentais e Competitividade do CLP, o Estado apresentou evolução significativa nos pilares de Capital Humano ( 4), Potencial de Mercado ( 4), Infraestrutura ( 2) e Inovação ( 2).
Segurança pública é um dos gargalos
Porém, o que faz o Ceará perder uma posição no ranking de comparação com outros estados do Nordeste e uma posição geral no Brasil, é a queda de três pontos em pilares importantes, como Sustentabilidade Social e Sustentabilidade Ambiental, além da manutenção de uma nota baixa no pilar de segurança pública, um dos indicadores de maior peso.
“Vale destacar também que se olharmos apenas o cenário da região Nordeste, temos, agora, a Paraíba como o estado mais bem colocado, por ter apresentado subidas de notas significantes. O que eu quero dizer com isso é que além da piora do Ceará em alguns aspectos, a melhora da Paraíba contribuiu para que houvesse essa queda do Estado”, explica Cepeda.
No Estado, houve recuo em nove dos 17 indicadores de Sustentabilidade Social. “As piores posições ficaram nos indicadores Mortalidade Precoce, Mortalidade Materna, Desnutrição na Infância e cobertura Vacinal, ou seja, em questões muito ligadas à primeira infância.”
Em assuntos diretamente ligados à economia, o pilar sustentabilidade ambiental é o que apresenta piores resultados, de acordo com o levantamento.
“A queda de seis posições no indicador Desmatamento é muito significativo para o cenário econômico atual, assim como o de Serviços Urbanos, que dá conta das competências públicas com relação ao tema”, explica Cepeda.
Ainda sobre os 86 indicadores, o Ceará é o primeiro em índice de transparência e segundo em taxa de atendimento do ensino infantil e índice de oportunidade da educação.
Na região Nordeste, o Estado só está atrás da Paraíba (12º), e à frente de Alagoas (14º), Pernambuco (15º), Bahia (17º), Rio Grande do Norte (20º), Sergipe (21º), Piauí (25º) e Maranhão (26º), na ordem.
Comparando com a edição anterior, quatro dos nove estados do Nordeste tiveram uma queda no ranking. Além do Ceará, Alagoas também perdeu um posto, caindo para 14° lugar. Piauí e Maranhão perderam cinco e três colocações, respectivamente, e estão no final do ranking geral em 25º e 26º lugares, e outros dois se mantiveram estáveis.
sobre a pesquisa
Na 11ª edição do Ranking de Competitividade, a avaliação está baseada em 86 indicadores, distribuídos em dez pilares temáticos considerados fundamentais para a promoção da competitividade e melhoria da gestão pública: Infraestrutura, Sustentabilidade Social, Segurança Pública, Educação, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Capital Humano, Sustentabilidade Ambiental, Potencial de Mercado e Inovação.
Brasil
São Paulo lidera o ranking nacional com nota geral de 83,20. Em seguida, aparece Santa Catarina com nota 79,25