Camilo e mais 13 governadores divulgam carta e pressionam Bolsonaro

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| DECRETO DE ARMAS | Grupo quer que o presidente revogue a medida, alertando para o risco que representa a ampliação do número de armas legalizadas circulando


Chefes do Executivo de 14 estados do País divulgaram ontem carta contra o decreto assinado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), que flexibiliza o acesso às armas de fogo.


O documento é assinado pelos governadores dos nove estados do Nordeste, aos quais se somam os Chefes de executivo do Distrito Federal, Tocantins, Amapá e Espírito Santo. O texto solicita a “imediata revogação” do decreto para que avance uma “efetiva política responsável de armas e munição” no Brasil.


Os governadores escrevem que a violência e a insegurança públicas afetam os estados e representam um dos maiores entraves ao desenvolvimento econômico e humano.


“Nesse contexto, a grande disponibilidade de armas de fogo e munições usadas de maneira ilícita representa um enorme desafio para a segurança pública do país e é preciso enfrentá-lo”, argumentam.


No último dia 8, o presidente esteve reunido com governadores para ressaltar a importância da aprovação da reforma da Previdência, que tramita na Comissão Especial da Câmara dos Deputados.


É em cenário de tensionamento que na próxima sexta-feira ele retornará a ver governadores, em sua primeira agenda no Nordeste, em Recife (PE). Na ocasião há, inclusive, a possibilidade de a carta ser entregue nas mãos do pesselista.


Segundo Camilo Santana, espalhar armas não resolverá a questão da segurança pública. Para ele, é importante que se invista na proteção das fronteiras e nas forças de segurança estaduais e federais. “Para ter condições de desarmar os bandidos e enfrentar o crime organizado”, diz ele.


O petista ressalta ainda que é necessário o investimento em educação e geração de empregos para a diminuição de desigualdades sociais.


O deputado federal Eduardo Bismarck (PDT) entende que a tendência é de que o decreto seja derrubado na Câmara. Ele diz que Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para bloquear efeitos da medida já foram apresentados.


A contraposição à lógica armamentista, diz Bismarck, está presente dentro da própria base de Bolsonaro nas casas legislativas. “Você pega, por exemplo, os evangélicos, eles são contra.”


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