Banco Central não irá imprimir moeda para equilibrar inflação

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Mesmo com as recentes pressões derrubando o índice de inflação, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, defendeu no início da semana que não haja mudança na meta de inflação para 2020. Durante audiência virtual de uma comissão mista da Câmara Federal, ele afirmou que “quando há um desvio temporário da meta por uma razão extraordinária, não deveria mudar a meta”.

Aos deputados, o presidente do BC ainda disse que emitir moeda para bancar os gastos do Governo que tem como efeito a alta da inflação, é uma ideia que não se tornará prática. “Tivemos um período de hiperinflação, em que a classe alta não perdeu o poder aquisitivo e quem perdeu foi a classe baixa. Então, entendemos que a melhor política social é preservar o poder de compra da moeda”.

Para a economista da XP Investimentos, Lisandra Barreto, o atual momento expõe que todas as principais medidas de núcleo de inflação, que em linhas gerais expurgam os itens com mais volatilidade, recuaram em maio e permaneceram em patamares historicamente baixos.

“O resultado reforçou o nosso entendimento de que a inflação deve arrefecer tanto em 2020 quanto em 2021, uma vez que os efeitos da desaceleração econômica e da retração dos preços de commodities devem prevalecer sobre os efeitos inflacionários advindos do câmbio e do choque negativo de oferta global”, analisa Lisandra.

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