Este ano, em ato unificado histórico, o Dia do Trabalhador reunirá as diversas centrais sindicais contra a reforma da Previdência. Além da defesa do direito à aposentadoria, está na pauta a luta pelos direitos trabalhistas, por emprego, direitos sociais, democracia, soberania nacional e a defesa de uma proposta de reforma Tributária que assegure justiça social na arrecadação de tributos.
O 1º de Maio é, por excelência, o dia de luta da classe trabalhadora. É dia de relembrar que há pouco tempo os trabalhadores eram sujeitos a salários baixos e jornadas de trabalho de até 16 horas por dia. Mulheres eram exploradas nas fábricas e crianças desempenhavam o trabalho de adultos. E tudo isso sob a repressão policial a mando dos donos das fábricas.
Foram necessárias muitas greves e manifestações até os trabalhadores garantirem a sua dignidade. Dentre as principais conquistas, além da redução da jornada de trabalho, estão a fixação do salário mínimo, a criação da Justiça do Trabalho, a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) – e, com ela, o 13º salário e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) – e a estabilidade do servidor público.
Tudo o que os trabalhadores conseguiram foi através da luta, da negociação e da resistência. A batalha agora é contra os efeitos nefastos da reforma Trabalhista e contra a aprovação da reforma da Previdência, que inviabiliza o acesso de milhões de brasileiros à aposentadoria.
Nesse contexto, a atuação dos sindicatos é fundamental. Além de defenderem as questões específicas de suas categorias, abraçam as grandes causas nacionais, lutando pela democracia e a dignidade do povo, em busca de uma sociedade justa e igualitária.
Todas essas causas também são defendidas pelo Sindicato dos Fazendários do Ceará (Sintaf) que, ao mesmo tempo em que luta pela categoria fazendária e por todos os trabalhadores, assume postura propositiva ao apresentar estudos técnicos que buscam corrigir a legislação tributária e ampliar a arrecadação, sem aumento de impostos. Estudos estes que são publicados e entregues aos governos.
Os atuais 13 milhões de brasileiros desempregados comprovam as falsas promessas da reforma Trabalhista, que só resultou em precarização do trabalho. Da mesma forma, a reforma da Previdência é uma grande armadilha, abrindo portas para a privatização da Previdência. Somente a unidade da classe trabalhadora, manifestada nas ruas, poderá enfrentar os ataques aos direitos sociais e trabalhistas.
Convidamos toda a categoria fazendária para o ato unificado do 1º de Maio. Em Fortaleza, a manifestação terá início às 15h, na Praia de Iracema, com concentração na Avenida Beira Mar, próximo ao espigão da Rui Barbosa.